segunda-feira, 24 de julho de 2017

Calmaria (Parte II): Abstrai e finge demência



Eu sempre acho que engoli mosquitos, mas eu nunca os engulo. - Não mudou nada do final da minha adolescência pra cá. - Os mosquitos continuam picando, os comprimidos fazem parte da minha vida e, os pulsos continuam a coçar.

Estava pensando aqui comigo. - Só não excluo o Facebook, porque algumas contas que fiz, estão vinculadas a ele, mas eu tenho vontade de excluí-lo. - Até porque, além o peso das pessoas serem enorme em cima de mim. - Ainda, tem pessoas que eu nem conheço nele.

Isso na época do MSN, era coisa de mongo. - Pois, tinha aquelas meninas fakes, que por trás eram homens. - No Facebook, pelo menos, dá pra ver que você está conversando com uma pessoa real, mas conversar e escutar quem você não conhece, pode ser meninas bonitas ou, feias. - É sempre desconfortável. - Apesar de eu gostar de contar, ler e ouvir histórias. - Tenho paciência pra isso.

Ontem, eu terminei de escrever umas 8:30 da manhã, minha mãe já estava acordada. - Então, não deu para escrever muita coisa ou, coisas completas sobre nós.

Falei com a Isa pelo telefone, um dia. - Já faz muito tempo. - Ela me parece ser uma menina firmeza. - Você é uma boa mãe. - Quer dizer, o meu problema com você, sempre foi pessoal. - Mas na perua, você até que tinha paciência com a gente.

Ontem, eu demorei pra escrever, também, pois uma menina desabafou comigo, histórias complicadas. - Confesso, que cheguei a ficar com a cabeça rodando com alguns papos, mas ''escutei'' de boa. - Como você sabe, eu sou criança demais pra certas coisas. - Mas me acalmou escutá-la.

Lembrei de um tempo bom em que você e a Natália confiavam seus problemas pra mim. - Você só não se matou, pois eu, disse que eu não conseguiria viver sem você. - E na verdade, ainda não consigo. - Se você morrer, encontro a veia certa para lhe encontrar.

E se eu não me matar, mas ainda estiver sozinho, é bem capaz de eu ficar senil. - Quando você demorou, eu pensei que tinha acontecido algo errado no teu parto e, quase enlouqueci.

Eu estou torcendo pra que faça frio a semana inteira para que eu não vá cortar o cabelo essa semana, mas é melhor ir, do que aguentar minha mãe com a cara feia. - Mas eu, além de estar deprimido demais pra sair de casa, eu gosto do meu cabelo do jeito que está. - Porque minha mãe, quer sempre pôr aqueles cabelos undercut. - E eu, detesto! - Mas, ''está na moda''.

Talvez, se eu falar que aquele cabelo é de lésbica, minha mãe deixa eu cortar aquele moicano que eu gostava tanto. - Mas do jeito que ela é louca, vai dizer: ''Os meninos do Robrú, usam! Então, foda-se se é corte de sapatão!''

Sorte sua, se você for um leitor de cabelo liso ou, uma mulher. - Porque, as mulheres geralmente, só aparam as pontas. - Agora como tenho cabelo duro, tenho de estar sempre cortando. - Quer dizer, não tenho. - Mas corto, pra minha mãe não dizer: ''Tá parecendo um indigente''.

Por mais, que eu fale mil vezes, ela não compreende porque sou assim. - Ou finge não compreender pra não foder ainda mais com a cabeça dela. -  Pensar em compromissos me deixa nervoso. - E a ansiedade começa a atacar, novamente.

Mas eu, não quero que minha mãe morra. - Eu só não quero sair! - Mas por um lado é bom ter alguém que te encha o saco, sabe? - Porque se fosse por mim, estaria fétido, dormindo no sofá, com cabelo e barba grande. - Eu sou vaidoso, mas minha depressão é maior que minha vaidade.

Talvez, porque, vaidade seja pecado. - E depressão, não.

Aliás, o primeiro caso de Boderline foi em 1888. - Os Soldados Romanos, o Oriente Médio antigo, Deus e Jesus Cristo, já estavam mortos. - Então, nem teria como a bíblia escrever sobre essas coisas.

Ah, teve uma coisa que me deixou extremamente feliz. A Teka não me xingou. - E ainda, disse que eu tinha razão em tudo o que eu disse. - Isso me deixa feliz, pois a Teka de ontem, era igual o eu de hoje. - Por isso, me sinto um pouco receoso. - Porém, ela me chamou de ''querido''. - Querido, me soa falso demais. - Eu odeio! - Pelo menos, ela me chamou de Vi, no final. - Eu amo quando alguém me chama de Vi. - Você deve saber disso.

Às vezes, me pergunto porque eu vou falar com a Teka mesmo com medo de ser mal recebido em sua casa? - Responderei, cabecinha louca...

Pois bem, existem pessoas que sinto que estão interligadas a mim de alguma forma.

 No caso, da Franciele, que é pra quem estou escrevendo neste momento, isso é quase claro. - Pois, nossas almas são ''coladas'' desde antes de nós dois nascermos. 

Mas no caso da Stefanie e da Lilian, parece coisa de vida passada. - Eu sinto que eu já fiz parte da vida delas em algum momento. - E que elas participaram ativamente de uma vida que não me lembro. - Eu só sei, que elas me dão uma sensação de felicidade. - Além, da calma e da paz.

Eu não creio muito nessas coisas, mas que parece, parece. - Até porque, eu falo mal de todo mundo. Mas sinto um medo enorme de julgar a Franciele, a Teka e a Lilian. - Pois, é exatamente por isso. - Sinto que elas me fizeram felizes. - Só não lembro quando ou, onde foi.

A veia certa é um dedo antes da mão. - Se mesmo assim, eu continuar vivo...  Corto a carótida.







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