Tenho pensado muito no meu pai, ultimamente. - É difícil, eu abrir a mente pra pensar no inimigo. - É como, se eu fosse o Chico Buarque e pensasse no Ernesto Geisel.
Mas o que vem na minha mente, é um pai mais afável e não aquele que eu conheci quando eu conheci, mas mesmo se ele mudasse de jeito, eu não falaria mais com ele.
Pois, apesar de ser sensível, eu tenho orgulho! E talvez, isso me mate. Mas prefiro morrer assim do quê, viver confiando nas pessoas.
Enfim, chorei ao ver tua foto hoje. - É foda, pois eu, prometi que iria te esquecer de vez.
O amor pode não existir mais ou, talvez exista. - Mas eu quero deixar você numa gaveta que fica na minha nuca, pois, ela pode doer. - Mas com uma batida na parede, ela passa para outro ponto da cabeça.
''Você é linda, moça''
Lembra que eu sempre te falava isso e você se achava o máximo?
''Obrigada, moço!''
Hoje, não sinto mais vontade de te beijar a boca e nem de transar com você, mas sinto vontade de tocar o seu rosto feito de marfim, novamente. - Eu já toquei em vários rostos, mas nenhum se compara ao seu.
Eu ia pegar café, mas fiquei com preguiça. - Mas peguei assim mesmo.
A minha ''vida amorosa'' se resultou à um teste cego. - ''Você só pode tocar minha mão e meu rosto''.
Ser deficiente não é o paraíso que o Marcelo Rubens Paiva propõe em seus livros. - Leia o livro da Jojo Moyes ou, um livro escrito pelo Hitler. - Aí, você vai ver que o negócio é bem barra pesada.
Me lembro do meu toque no seu rosto. - Nunca havia sentido algo tão sutil.
Estava me questionando se foi bom eu ter me cortado por sua causa. - Pode não ter sido bom, mas serviu pra eu crescer. - Eu não sabia das verdades do mundo até aquele 27 de Setembro.
Sinto sua falta. - Até das nossas conversas chatas que não levavam à lugar nenhum e você pedia pro meu tio te levar pra casa logo, pois, já não estava aguentando mais me ouvir falar.
O seu feminismo, talvez, seja ditatorial! - Você corta, condena, fere. Mas depois pede desculpas por fazer morrer um coração sensível e palatável.
Eu não tenho culpa do sentimento que eu sinto. - Mesmo eu sabendo o quanto estou errado e tudo que tentei destruir.
Pego meu cigarro e sigo em direção ao metrô Arthur-Alvim, onde as pessoas me olham com cara estranha por causa da minha perna torta e por causa das minhas tatuagens.
Vou seguindo meu caminho entre os trilhos do trem...
E o último adeus, não vou lhe dar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário